terça-feira, 15 de setembro de 2009
T. P. C. #8
Tentar ficar mais bem classificado que na época passada, na liga "Vale uma Francesinha", ou outra equivalente.
domingo, 6 de setembro de 2009
O Poeta #3
Lágrimas de um poeta
A casa onde eu nasci
Ronda um sol dourado
Onde dei os primeiros passos
Tenho-lhe um amor sagrado.
Tenho-lhe um amor sagrado
Que não posso esquecer
Quando eu fazia uma asneira
E o eu Pai atrás de mim a correr.
O Pai atrás de mim a correr
A Mãe vinha para o acalmar
Fui sempre muito maroto
Só gostava de brincar.
Só gostava de brincar
Era eu e o meu irmão
Só fazíamos malandrices
Era essa a nossa paixão.
Junto à Quinta da Tapada
Havia lá uma pedreira
Estava cheia de silvas
Nós fizemos uma asneira.
Éramos dois brincalhões
Começámos a planear
Vamos lhe chegar o fogo
Para as cobras queimar.
Não havia outra alternativa
O mal já tinha de acontecer
Eram enormes labaredas
E nós lá nos fomos esconder.
Os bombeiros de Lousada
Lá vieram para apagar
Ardeu o ninho das cobras
Depois fomos espreitar.
Assim terminou o medo
Que as cobras nos causavam
Os segredos entre irmãos
Nunca foram revelados.
Nunca foram revelados
Para não causar sarilhos
São revelados agora
Só para matar saudades
Dos nossos tempos antigos.
Saudades dos nossos tempos antigos
Da casa onde nasci e cresci
E também levo saudades
Da casa onde sonhei e vivi.
(in Lágrimas de um Poeta)
A casa onde eu nasci
Ronda um sol dourado
Onde dei os primeiros passos
Tenho-lhe um amor sagrado.
Tenho-lhe um amor sagrado
Que não posso esquecer
Quando eu fazia uma asneira
E o eu Pai atrás de mim a correr.
O Pai atrás de mim a correr
A Mãe vinha para o acalmar
Fui sempre muito maroto
Só gostava de brincar.
Só gostava de brincar
Era eu e o meu irmão
Só fazíamos malandrices
Era essa a nossa paixão.
Junto à Quinta da Tapada
Havia lá uma pedreira
Estava cheia de silvas
Nós fizemos uma asneira.
Éramos dois brincalhões
Começámos a planear
Vamos lhe chegar o fogo
Para as cobras queimar.
Não havia outra alternativa
O mal já tinha de acontecer
Eram enormes labaredas
E nós lá nos fomos esconder.
Os bombeiros de Lousada
Lá vieram para apagar
Ardeu o ninho das cobras
Depois fomos espreitar.
Assim terminou o medo
Que as cobras nos causavam
Os segredos entre irmãos
Nunca foram revelados.
Nunca foram revelados
Para não causar sarilhos
São revelados agora
Só para matar saudades
Dos nossos tempos antigos.
Saudades dos nossos tempos antigos
Da casa onde nasci e cresci
E também levo saudades
Da casa onde sonhei e vivi.
(in Lágrimas de um Poeta)
Categoria:
Personagens e Narrativas
sábado, 5 de setembro de 2009
Sondagens #12
Estás a olhar para onde?
Para aqui: 40%
Para aqui: 20%
Para aqui: 40%
Não é para aqui, mas sou estrábico: 0%
Para aqui: 0%
Para aqui: 40%
Para aqui: 20%
Para aqui: 40%
Não é para aqui, mas sou estrábico: 0%
Para aqui: 0%
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
sábado, 15 de agosto de 2009
Sonetos #9
Vi um livro q'era preto.
Que calibre. Sim, senhor.
Pensei logo num soneto
Pra lhe prestar o louvor.
Quanto ao nome do autor,
Não que isso seja segredo,
Mas por questão de pudor,
Vamos chamar-lhe A. Penedo.
Os poemas são dos tais:
"não sei quê não sei que mais,
ouço Wagner na cabeça".
Tem talento a outro nível:
"No trivial sou imbatível".
Deixa rir antes que esqueça.
Que calibre. Sim, senhor.
Pensei logo num soneto
Pra lhe prestar o louvor.
Quanto ao nome do autor,
Não que isso seja segredo,
Mas por questão de pudor,
Vamos chamar-lhe A. Penedo.
Os poemas são dos tais:
"não sei quê não sei que mais,
ouço Wagner na cabeça".
Tem talento a outro nível:
"No trivial sou imbatível".
Deixa rir antes que esqueça.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Sondagens #10
Interpretações ao Hit parade... e resposta #4
Ui, mas afinal esta categoria... mas então... não entendi.: 0%
É uma homenagem à época balnear que agora inicia.: 0%
É uma referência à cantora da Lambada.: 33%
Não é nada. Essa era a Kaoma. A Corona era a do Saturday Night. Ou não, espera.: 0%
Epá, Corona? Essa não é a que se bebe com meia rodela de limão no gargalo?: 33%
Não, pá. Essa é a Coronita. Mas são ambas muito más.: 0%
Ui, mas afinal esta categoria... mas então... não entendi.: 0%
É uma homenagem à época balnear que agora inicia.: 0%
É uma referência à cantora da Lambada.: 33%
Não é nada. Essa era a Kaoma. A Corona era a do Saturday Night. Ou não, espera.: 0%
Epá, Corona? Essa não é a que se bebe com meia rodela de limão no gargalo?: 33%
Não, pá. Essa é a Coronita. Mas são ambas muito más.: 0%
quarta-feira, 29 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
O Poeta #2
Saudação à nossa Bandeira
Gloriosa Bandeira das Quinas
Foste orgulho de heróis imortais
Que lição de amor Pátrio que ensinas
Aos teus filhos, valentes leais.
Defraudada no vasto Oceano
Lá no topo das naus de aventura
A Bandeira, o valor Lusitano
E por ti, de infinita bravura.
Nas cinco partes do Mundo
Esta querida flutuou
E trouxe tantas saudades
Mas a cultura lá ficou.
A cultura lá ficou
Para toda a eternidade
És a rainha dos Poetas
Para ti, não há igual.
És a Bandeira mais linda
Como tu não há igual
Por teres as chagas de Cristo
E o hino mais imortal.
in "A Viagem do Século e a Reconciliação da Humanidade"
Gloriosa Bandeira das Quinas
Foste orgulho de heróis imortais
Que lição de amor Pátrio que ensinas
Aos teus filhos, valentes leais.
Defraudada no vasto Oceano
Lá no topo das naus de aventura
A Bandeira, o valor Lusitano
E por ti, de infinita bravura.
Nas cinco partes do Mundo
Esta querida flutuou
E trouxe tantas saudades
Mas a cultura lá ficou.
A cultura lá ficou
Para toda a eternidade
És a rainha dos Poetas
Para ti, não há igual.
És a Bandeira mais linda
Como tu não há igual
Por teres as chagas de Cristo
E o hino mais imortal.
in "A Viagem do Século e a Reconciliação da Humanidade"
Categoria:
Personagens e Narrativas
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Sonetos #8
Vê-me lá esta colega
Qu’eu aturo há três anos.
Ali conta até a esfrega
Que vai tendo c’uns fulanos.
Genta de tamanha laia,
Laia dum tamanho pasmo.
Meu deus, que asno de saia
(Saia mais outro quiasmo).
“Podes ir para o Youtube.”
É assim qu’ela se ilude.
Vai disfarçando a burrice.
Já não há mais paciência
Pra aturar incompetência.
Abre os olhos, ó Alice.
Qu’eu aturo há três anos.
Ali conta até a esfrega
Que vai tendo c’uns fulanos.
Genta de tamanha laia,
Laia dum tamanho pasmo.
Meu deus, que asno de saia
(Saia mais outro quiasmo).
“Podes ir para o Youtube.”
É assim qu’ela se ilude.
Vai disfarçando a burrice.
Já não há mais paciência
Pra aturar incompetência.
Abre os olhos, ó Alice.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Sondagens #9
Chegou a temer que o blogue terminasse?
Temer?: 60%
Não respondo a perguntas que aportuguesam temros ingleses.: 20%
Já respondo. Ainda estou a tentar resolver o piccionário. O primeiro.: 0%
Quem se ri por último ri melhor.: 20%
Temer?: 60%
Não respondo a perguntas que aportuguesam temros ingleses.: 20%
Já respondo. Ainda estou a tentar resolver o piccionário. O primeiro.: 0%
Quem se ri por último ri melhor.: 20%
sábado, 18 de julho de 2009
T. P. C. #4
Se acaso for (sujeito indeterminado) jornalista desportivo, principalmente d' A Bola, fazer o contrário do T. P. C. #3, mesmo que seja só para o alargamento da base de dados de paranomásias desportivas.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
T.P.C. #3
Não ceder à tentação de fazer uma piada com o nome da atleta portuguesa de triplo salto presente na final dos campeonatos europeus de sub-23. Nem, já agora, com a possiblidade de o representante do salto em comprimento chegar à medalha de ouro. Nem, sobretudo, com os dois em conjunto.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
O Poeta #1
Poema dedicado à minha terra natal Lousada
O poeta ao escrever chora
Os dias que não viveu
E sente tantas saudades
Pela terra onde nasceu.
Quem te viu Lousada antiga
Com os teus soutos de carvalhos
Castanheiros e cerejeiras
Tinhas encantos tamanhos.
No dia da festa grande
Com a vila iluminada
Tu eras um paraíso
Até à alta madrugada.
Eram balões a subir
E os foguetes no ar
Gigantones cabeçudos
E as músicas a tocar.
Lousada terra querida
Como tu não há igual
Tens os mais lindos recantos
Que eu já vi em Portugal.
Carreirinhas estreitinhas
Caminhos enlameados
Silvados cheios de rosas
A esconder os namorados.
Quando eu era pequenino
Era a festa que eu gostava
Para ver a roda dos cavalinhos
E também a vaca brava.
Uma festa como esta
Não me esquece da memória
Nunca poderá acabar
Faz parte da nossa história.
(retirado de Romance de Amor e Saudade)
O poeta ao escrever chora
Os dias que não viveu
E sente tantas saudades
Pela terra onde nasceu.
Quem te viu Lousada antiga
Com os teus soutos de carvalhos
Castanheiros e cerejeiras
Tinhas encantos tamanhos.
No dia da festa grande
Com a vila iluminada
Tu eras um paraíso
Até à alta madrugada.
Eram balões a subir
E os foguetes no ar
Gigantones cabeçudos
E as músicas a tocar.
Lousada terra querida
Como tu não há igual
Tens os mais lindos recantos
Que eu já vi em Portugal.
Carreirinhas estreitinhas
Caminhos enlameados
Silvados cheios de rosas
A esconder os namorados.
Quando eu era pequenino
Era a festa que eu gostava
Para ver a roda dos cavalinhos
E também a vaca brava.
Uma festa como esta
Não me esquece da memória
Nunca poderá acabar
Faz parte da nossa história.
(retirado de Romance de Amor e Saudade)
Categoria:
Personagens e Narrativas
segunda-feira, 13 de julho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Sondagens #8
Qual a imagem mais marcante do último Europeu?
A cara de Kouba no golo dourado de Bierhoff: 0%
O rodopio de Paulo Sousa, dois segundos antes do chapéu de Poborsky: 100%
A cara de Kouba no golo dourado de Bierhoff: 0%
O rodopio de Paulo Sousa, dois segundos antes do chapéu de Poborsky: 100%
segunda-feira, 15 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Sonetos #7
- Estive co Tó e coa Arminda.
- Então ele não estava morto?
- Não só não morreu ainda,
como 'inda vive no Porto.
Acreditas-te ou não?
- Acredito qu'ele está vivo.
- De que te riste então?
Esse não é reflexivo.
- Tu és sempre a mesma coisa.
Sempre a corrigir porquê?
- Pra rimar digo outra coisa,
E pra acabar co poema,
Dos tercetos mudo o esquema
Pra A B A C C B
- Então ele não estava morto?
- Não só não morreu ainda,
como 'inda vive no Porto.
Acreditas-te ou não?
- Acredito qu'ele está vivo.
- De que te riste então?
Esse não é reflexivo.
- Tu és sempre a mesma coisa.
Sempre a corrigir porquê?
- Pra rimar digo outra coisa,
E pra acabar co poema,
Dos tercetos mudo o esquema
Pra A B A C C B
quinta-feira, 28 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
O poeta (quem é?)
Quem é António Augusto Ribeiro, o Poeta?
Deixemos que o próprio se apresente:
Cada qual é para o que nasceu!
Camões nasceu para Poeta...
Camilo para escritor...
Vasco da Gama para o Mar...
Coutinho para aviador...
António Augusto Ribeiro
Para romances de amor!
Deixemos que o próprio se apresente:
Cada qual é para o que nasceu!
Camões nasceu para Poeta...
Camilo para escritor...
Vasco da Gama para o Mar...
Coutinho para aviador...
António Augusto Ribeiro
Para romances de amor!
Categoria:
Personagens e Narrativas
sexta-feira, 22 de maio de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Senhora doutora,
da próxima vez que desejar ameaçar alunos com a avaliação, decida se está a fazer a ameaça a um ou a vários alunos. É que dizer "no que te metestes" é ambíguo; não se sabe bem se deve prevalecer o singular do "te" ou o plural do "metestes".
Já agora, em qual dos 22 anos de aprendizagem é que aprendeu a formar superlativos absolutos sintéticos irregulares?
Já agora, em qual dos 22 anos de aprendizagem é que aprendeu a formar superlativos absolutos sintéticos irregulares?
Sondagens #7
A primeira coisa que lhe vem à cabeça sempre que vê o título da secção 'J'Accuse' é "Jacuzzi"?
Sim: 50%
Não: 50%
Por sinal, dada a minha extrema erudição e ainda maior desprezo pelas coisas mundanas, acontece-me o contrário: 0%
Sim: 50%
Não: 50%
Por sinal, dada a minha extrema erudição e ainda maior desprezo pelas coisas mundanas, acontece-me o contrário: 0%
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Soneto #6
- Não perguntas se te trouxe
Aquilo que me pediste:
Este aqui do Levi-Strauss
E aquele do Benveniste?
-Não foi isto q’eu pedi,
Esse aí que está no cimo.
- Disseste que era o Levi.
- Não era este, era Primo.
Vais lá de novo ou então
Passas p’la José Falcão,
Lá tem isso de certeza.
Sobes a rua de Ceuta.
- A do fisioterapeuta?
- Não, não; essa é a Firmeza.
Aquilo que me pediste:
Este aqui do Levi-Strauss
E aquele do Benveniste?
-Não foi isto q’eu pedi,
Esse aí que está no cimo.
- Disseste que era o Levi.
- Não era este, era Primo.
Vais lá de novo ou então
Passas p’la José Falcão,
Lá tem isso de certeza.
Sobes a rua de Ceuta.
- A do fisioterapeuta?
- Não, não; essa é a Firmeza.
Sondagens #6
Acha que Teixeira de Pascoaes põe bandeirinha na janela?
Sim, embora sinta saudade da bandeira azul e branca: 0%
Sim. Ao contrário do que seria de esperar, gosta das marcas de Scolari no país porque são a maior expressão actual da realização do quinto império: 50%
Sim, agrafada ao último número da revista Nova Águia: 50%
Ah!, eu sabia que que se escrevia com 'e' e que a S.T.C.P. estava enganada: 0%
quinta-feira, 7 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
À moda da Casa
Na sequência da sua ânsia de projectar uma imagem de casa que concilia a erudição com um espírito jovial e acessível, a Casa da Música tem-nos brindado com uns videozinhos, na sua página.
O vídeo anterior, que abordava a programação dedicada ao 25 de Abril, iniciava assim:
[Moça deitada no sofá.]
[Voz-off, que é a voz da própria moça deitada no sofá, diz:]
"Ei, pst, tu aí. Não achas que andas a levar uma vida assim a atirar para o burguesote? E que tal se saísses do sofá? Que tal uma revolução?
[A moça dá sinais de não entender.]
"Assim... estilo Obama. Estás a ver?"
[A moça responde:]
Aaaaaahhhh!
Já o actual vídeo... é melhor ver
O vídeo anterior, que abordava a programação dedicada ao 25 de Abril, iniciava assim:
[Moça deitada no sofá.]
[Voz-off, que é a voz da própria moça deitada no sofá, diz:]
"Ei, pst, tu aí. Não achas que andas a levar uma vida assim a atirar para o burguesote? E que tal se saísses do sofá? Que tal uma revolução?
[A moça dá sinais de não entender.]
"Assim... estilo Obama. Estás a ver?"
[A moça responde:]
Aaaaaahhhh!
Já o actual vídeo... é melhor ver
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Sondagens #5
Quando vos perguntam se tendes 'noção' de alguma coisa, achais que vos estão a perguntar se tendes qualquer noção dessa coisa ou apenas uma noção aproximadamente verdadeira dessa coisa?
A noção correcta que se deve ter das coisas, 25%
A primeira opção, 25%
É possível ter mais do que uma noção acerca da mesma coisa sem que estas se refiram uma à outra? 50%.
A ideia de 'noção' é ter qualquer ideia ou noção sobre qualquer coisa, 25%
Conhecer a fundo uma coisa é não ter noções, porque as noções são sempre superficiais, sejam verdadeiras ou não, 0%
A noção correcta que se deve ter das coisas, 25%
A primeira opção, 25%
É possível ter mais do que uma noção acerca da mesma coisa sem que estas se refiram uma à outra? 50%.
A ideia de 'noção' é ter qualquer ideia ou noção sobre qualquer coisa, 25%
Conhecer a fundo uma coisa é não ter noções, porque as noções são sempre superficiais, sejam verdadeiras ou não, 0%
terça-feira, 28 de abril de 2009
O Cardoso de Contumil #4
- Ontem fui para a praia.
- Foste? Para qual?
- Para a de Leça. Fui de 76. E quando estava a passar a ponte de Leça, um barco estava a passar por baixo. Por isso, a ponte abriu. Toda a gente começou a gritar, em pânico. Ainda esperei para ver o que o motorista ia fazer. Depois, levantei-me do meu lugar cá atrás e dirigi-me à parte da frente da viatura. Com as pontas dos dedos toquei no ombro do motorista e, com a mão contrária, convidei-o a trocar de posição comigo. Não fosse ele não perceber, acrescentei, com gentileza: “saia daí que você não percebe nada disso”. Então, sentei-me, meti a quinta: prego a fundo. Vuuuuum. Fiz o autocarro saltar para a outra parte da ponte.
Toda a gente começou a gritar: “Cardoso, Cardoso, Cardoso”.
- Foste? Para qual?
- Para a de Leça. Fui de 76. E quando estava a passar a ponte de Leça, um barco estava a passar por baixo. Por isso, a ponte abriu. Toda a gente começou a gritar, em pânico. Ainda esperei para ver o que o motorista ia fazer. Depois, levantei-me do meu lugar cá atrás e dirigi-me à parte da frente da viatura. Com as pontas dos dedos toquei no ombro do motorista e, com a mão contrária, convidei-o a trocar de posição comigo. Não fosse ele não perceber, acrescentei, com gentileza: “saia daí que você não percebe nada disso”. Então, sentei-me, meti a quinta: prego a fundo. Vuuuuum. Fiz o autocarro saltar para a outra parte da ponte.
Toda a gente começou a gritar: “Cardoso, Cardoso, Cardoso”.
Categoria:
Personagens e Narrativas
sexta-feira, 24 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
Soneto #5
O anterior soneto
Não foi como os demais,
Pra quem gosta de concreto
(Ler com s’taque de Cascais).
Pra compensar, inseri
Milionária, outra vez.
A, B, C, D, E, F, G
(É pra dizer em inglês).
E se agora, de repente,
Não aqui, mas mais à frente,
Mudasse de redondilha?
Se deixar de ser maior,
Não vai caber o ‘menor’,
Fica redondilha.
Não foi como os demais,
Pra quem gosta de concreto
(Ler com s’taque de Cascais).
Pra compensar, inseri
Milionária, outra vez.
A, B, C, D, E, F, G
(É pra dizer em inglês).
E se agora, de repente,
Não aqui, mas mais à frente,
Mudasse de redondilha?
Se deixar de ser maior,
Não vai caber o ‘menor’,
Fica redondilha.
sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Sondagens #4
Acha que a Constituição deve ter dois sentidos?
Em princípio não. Mas prefiro esperar pela próxima revisão: 25%
Sim. Mas só até à Avenida de França: 25%
Não. Sou Vintista ferrenho: 0%
Não. Damião de Góis já faz essa função: 50%
Em princípio não. Mas prefiro esperar pela próxima revisão: 25%
Sim. Mas só até à Avenida de França: 25%
Não. Sou Vintista ferrenho: 0%
Não. Damião de Góis já faz essa função: 50%
quarta-feira, 15 de abril de 2009
'É certinho direitinho'
Muito se usa o adjectivo 'sistemático', que se tornou já num chavão da oralidade, para atribuir uma característica que a palavra de todo não transmite! Quando algo é "sistemático" é porque é frequente, é automático ou é provável, ou é ainda uma suposição, de lá do íntimo, a tender para alguma coisa. E mais a fundo, a ideia de causalidade ainda perpassa estas noções bem distorcidas.
O Cardoso de Contumil #3 (terceira parte)
Depois do jogo, Cardoso, que entretanto já se encontrava no segundo anel, encaminhava-se para um dos portões de saída das bancadas. Aí foi alvo do arremesso de pesados e contundentes objectos provenientes dos Diabos Vermelhos, que se encontravam no anel superior, que não gostaram da forma como Cardoso ostentava as suas vestimentas e acessórios azuis e brancos. Foi com um Cardoso já estendido no cimento que o líder da claque benfiquista se dirigiu a ele. Quando se encontrava bem junto dele, como que voltando o rosto de Cardoso para si e só aí o reconhecendo, lamentou bem alto para os seus colegas, que entretanto ainda não haviam cessado o ataque:
- Parem, parem! Já viram o que fizeram? É o Cardoso…
- Parem, parem! Já viram o que fizeram? É o Cardoso…
Categoria:
Personagens e Narrativas
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Prioridades
Está a decorrer uma insurreição revoltosa na Tailândia. A cabeça do Primeiro-ministro está a ser pedida. Seguem-se confrontos entre "forças da lei" e Camisas Vermelhas.
O que é notícia: "Não há feridos por entre os turistas portugueses."
domingo, 12 de abril de 2009
Soneto #4
Ora vamos lá a isto:
Um soneto sobre bola.
Liga 'tuga é muito visto,
Vou mas é para a espanhola.
Uma coisa não tem fim:
Falta de classe do Gago.
Diz assim ao Higuain:
"Joga tu que eu cá estrago".
Quanto ao Guti, esse palhaço,
Continua como o aço,
a ser um tipo q'eu detesto.
Por cá, um ver se te avias.
Trocadilhos c'o Farias
E a importância de ser Ernesto.
Um soneto sobre bola.
Liga 'tuga é muito visto,
Vou mas é para a espanhola.
Uma coisa não tem fim:
Falta de classe do Gago.
Diz assim ao Higuain:
"Joga tu que eu cá estrago".
Quanto ao Guti, esse palhaço,
Continua como o aço,
a ser um tipo q'eu detesto.
Por cá, um ver se te avias.
Trocadilhos c'o Farias
E a importância de ser Ernesto.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Sondagens #3
Qual é a percentagem de pessoas que não consegue dizer “Les aventures de Tintin", sem dizer, logo a seguir, “Objectif: Lune”?
81%: 40%
82%: 40%
84%: 20%
81%: 40%
82%: 40%
84%: 20%
domingo, 5 de abril de 2009
O Cardoso de Contumil #3 (segunda parte)
Já no segundo tempo, Timofte desferira um potente remate que embatera no rosto de Neno.
Uma vez mais, o impetuoso Cardoso comenta o lance.
- Ó Neno, até ficaste branco.
Neno, que não só identificou a voz que a ele se dirigira, como também o preciso local de onde ela proviera, voltou-se para aí, e, erguendo o polegar direito – num gesto reforçado pelo branco das suas Reusch – retribuiu o reconhecimento.
- Aí, Cardoso!
Uma vez mais, o impetuoso Cardoso comenta o lance.
- Ó Neno, até ficaste branco.
Neno, que não só identificou a voz que a ele se dirigira, como também o preciso local de onde ela proviera, voltou-se para aí, e, erguendo o polegar direito – num gesto reforçado pelo branco das suas Reusch – retribuiu o reconhecimento.
- Aí, Cardoso!
Categoria:
Personagens e Narrativas
sábado, 4 de abril de 2009
Perífrase na Sic Notícias
Três minutos e doze segundos para dizer, simplesmente, que o quarto poder é sensacionalismo.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
sábado, 28 de março de 2009
Soneto #3
Hoje era ontem, se amanhã fosse agora.
Mas como não é nem nunca vai ser,
Lembrar antes o que é bom não esquecer,
É amanhã mesmo que muda a hora.
- Ei, ei: houve mudança ali em cima.
- Eu sei, decassilábico é seca.
- Não, referia-me à banda sueca
Que é acrónimo do esquema de rima.
- ‘tive agora mesmo uma grande ideia:
Forjar o horário prà uma e meia
E ver o que acontece, então, depois.
Ainda provoco é um bug na teia.
Preferi não dizer net. Evitei-a.
Oh, não dá. Ponho o um, muda prò dois.
Mas como não é nem nunca vai ser,
Lembrar antes o que é bom não esquecer,
É amanhã mesmo que muda a hora.
- Ei, ei: houve mudança ali em cima.
- Eu sei, decassilábico é seca.
- Não, referia-me à banda sueca
Que é acrónimo do esquema de rima.
- ‘tive agora mesmo uma grande ideia:
Forjar o horário prà uma e meia
E ver o que acontece, então, depois.
Ainda provoco é um bug na teia.
Preferi não dizer net. Evitei-a.
Oh, não dá. Ponho o um, muda prò dois.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Sondagens #2
Quem acha que vai vencer o "Encontro Anual Mitochondria Beetween Life and Death"?
Vladimir Skulachev: 25%
Enrique Cadenas: 0%
Empate entre Enrique Cadenas e Fabio di Lisa: 25%
Mauro Esposti: 50%
Vitória tangencial de Vítor Madeira: 50%
Vladimir Skulachev: 25%
Enrique Cadenas: 0%
Empate entre Enrique Cadenas e Fabio di Lisa: 25%
Mauro Esposti: 50%
Vitória tangencial de Vítor Madeira: 50%
quarta-feira, 25 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
O Cardoso de Contumil #3 (primeira parte)
Cardoso chega ao Estádio da Luz para assistir ao clássico da temporada. Acomoda-se num dos lugares do terceiro anel.
Fernando Couto acabara de se elevar sobre um jogador encarnado, cabeceando a bola. Cardoso não se contém.
- Aí, Couto… essa gadelha!...
Couto, identificando perfeitamente a voz que o visava, sai do rectângulo de jogo, num salto ultrapassa uma placa publicitária, e, num gesto hoje condenável pelas regras do jogo, agarra-se nas redes de protecção, sacudindo-as enquanto grita:
- Cardoso, Cardoso!
Fernando Couto acabara de se elevar sobre um jogador encarnado, cabeceando a bola. Cardoso não se contém.
- Aí, Couto… essa gadelha!...
Couto, identificando perfeitamente a voz que o visava, sai do rectângulo de jogo, num salto ultrapassa uma placa publicitária, e, num gesto hoje condenável pelas regras do jogo, agarra-se nas redes de protecção, sacudindo-as enquanto grita:
- Cardoso, Cardoso!
Categoria:
Personagens e Narrativas
sábado, 21 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
Soneto #2
Existe a rima pobre,
Qu'é mesmo assim que fica:
Este verso acaba em nobre
E esta aqui é rima rica.
O que importa é a classe.
Evidente: gramatical.
Era rica se mudasse,
É pobre se fica igual.
Entretanto inventei mais,
Um tanto ou quanto geniais,
Milionária e Paupérrima.
Numa muda até a língua.
Assim, por exemplo: Bosingwa.
A outra é mesmo paupérrima.
Qu'é mesmo assim que fica:
Este verso acaba em nobre
E esta aqui é rima rica.
O que importa é a classe.
Evidente: gramatical.
Era rica se mudasse,
É pobre se fica igual.
Entretanto inventei mais,
Um tanto ou quanto geniais,
Milionária e Paupérrima.
Numa muda até a língua.
Assim, por exemplo: Bosingwa.
A outra é mesmo paupérrima.
sábado, 14 de março de 2009
Independentes
Vasco Pulido Valente tornou-se no comentador mais bem pago da televisão portuguesa, pelo que tem de suportar; o tom de amena cavaqueira e ligeireza, a inépcia boçal própria das velhinhas que tomam chá, os despropósitos interlocutórios das mensagens insipientemente entendidas; às Sextas na TVI.
Acima disto, não vejo qualquer necessidade de se replicarem espaços para a opinião do mesmo.
Acima disto, não vejo qualquer necessidade de se replicarem espaços para a opinião do mesmo.
sexta-feira, 13 de março de 2009
O Cardoso de Contumil #2
"Já andaste de avião, Cardoso?"
"Já. Neste Verão fui a Paris. De senha marada."
"Já. Neste Verão fui a Paris. De senha marada."
Categoria:
Personagens e Narrativas
quarta-feira, 11 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
Só contras
Desde a falta de acerto nos convidados para tratar os diversos temas, passando pela forma às vezes básica e simplista de os colocar, até à moderação dos debates, ao Pró[s e] Contras sobra-lhe o primeiro nome.
No programa de ontem, passou-se o tempo todo a falar da felicidade e empreendedorismo, quando a questão do programa girava em torno de respostas para a crise. E falar disto, agora, é falar de prevenção dos incêndios, enquanto deflagram incêndios. A tarefa, pelo que se viu, inumana e demasiado complexa, para Fátima Campos Ferreira, de orientar e moderar o debate, foi apontada exemplarmente pelo seu próprio convidado, Pedro Lomba, numa das suas clarividentes intervenções, ainda que tarde de mais.
No programa de ontem, passou-se o tempo todo a falar da felicidade e empreendedorismo, quando a questão do programa girava em torno de respostas para a crise. E falar disto, agora, é falar de prevenção dos incêndios, enquanto deflagram incêndios. A tarefa, pelo que se viu, inumana e demasiado complexa, para Fátima Campos Ferreira, de orientar e moderar o debate, foi apontada exemplarmente pelo seu próprio convidado, Pedro Lomba, numa das suas clarividentes intervenções, ainda que tarde de mais.
domingo, 8 de março de 2009
O Cardoso de Contumil #1
"O que fizeste nas férias, Cardoso?"
"Oh, 'tive na aldeia, com os meus pais. Estava a apanhar alta seca. Foi então que, à meia-noite, peguei no meu cavalo cor-de-laranja com uma estrela branca na testa. Pus-me em cima dele e andei pelas ruas da aldeia. Toda a gente abriu a janela e gritou: 'Cardoso! Cardoso!' O padre subiu à torre da igreja e, enquanto gritava também, badalava o sino."
"Cardoso, Cardoso, Cardoso."
"Oh, 'tive na aldeia, com os meus pais. Estava a apanhar alta seca. Foi então que, à meia-noite, peguei no meu cavalo cor-de-laranja com uma estrela branca na testa. Pus-me em cima dele e andei pelas ruas da aldeia. Toda a gente abriu a janela e gritou: 'Cardoso! Cardoso!' O padre subiu à torre da igreja e, enquanto gritava também, badalava o sino."
"Cardoso, Cardoso, Cardoso."
Categoria:
Personagens e Narrativas
Piccionário #1
(nota: como se sabe, não são permitidos símbolos)
(outra nota: a seta, sempre que usada, tem o valor indicativo e não simbólico, pelo que a jogada é válida)
(outra nota: a seta, sempre que usada, tem o valor indicativo e não simbólico, pelo que a jogada é válida)
Tema: Ditados Populares
Categoria:
Piccionário
O Cardoso de Contumil (quem é?)
O Cardoso é alguém que aos 14 anos já contava histórias de avô.
O Cardoso acredita que quem se ri de uma história que lhe contam é porque está a acreditar nela.
As histórias do Cardoso são do melhor que há em ficção, sendo reais.
Publicar as histórias do Cardoso, na verdade, não faz sentido. Toda a gente conhece o Cardoso.
O Cardoso acredita que quem se ri de uma história que lhe contam é porque está a acreditar nela.
As histórias do Cardoso são do melhor que há em ficção, sendo reais.
Publicar as histórias do Cardoso, na verdade, não faz sentido. Toda a gente conhece o Cardoso.
Categoria:
Personagens e Narrativas
Forsyth
Frederick Forsyth, que já enquanto jornalista tinha cumprido missões profissionais em África, estava na Guiné-Bissau aquando dos últimos atentados. Encontrava-se lá para retirar elementos para o seu próximo romance. O seu humanismo e sentimento de proximidade em relação ao país que lhe servirá de inspiração para o seu próximo sucesso editorial vieram ao de cima nos comentários aos acontecimentos:
"[to me]... it was a gift, truly"
Fantástico, Fredy. Fantástico.
"[to me]... it was a gift, truly"
Fantástico, Fredy. Fantástico.
Soneto #1
Hoje, como de costume,
Acordei co'a M80.
Havia alguém c'um queixume.
Atirem lá a água benta.
Depois veio a Tina e cantou.
Mas não foi a q'eu prefiro.
Gosto mais da Private Dancer ou
Da We Don't Need Another Hero.
O tipo não é bom da tola,
Agora assaltar a caixa de esmola.
Pode ser que o cão o ferre.
O que foi q'este aqui disse?
Mais alguma parvoíce?
Não; está a falar dos G.N.R.
Acordei co'a M80.
Havia alguém c'um queixume.
Atirem lá a água benta.
Depois veio a Tina e cantou.
Mas não foi a q'eu prefiro.
Gosto mais da Private Dancer ou
Da We Don't Need Another Hero.
O tipo não é bom da tola,
Agora assaltar a caixa de esmola.
Pode ser que o cão o ferre.
O que foi q'este aqui disse?
Mais alguma parvoíce?
Não; está a falar dos G.N.R.
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