Poema dedicado à minha terra natal Lousada
O poeta ao escrever chora
Os dias que não viveu
E sente tantas saudades
Pela terra onde nasceu.
Quem te viu Lousada antiga
Com os teus soutos de carvalhos
Castanheiros e cerejeiras
Tinhas encantos tamanhos.
No dia da festa grande
Com a vila iluminada
Tu eras um paraíso
Até à alta madrugada.
Eram balões a subir
E os foguetes no ar
Gigantones cabeçudos
E as músicas a tocar.
Lousada terra querida
Como tu não há igual
Tens os mais lindos recantos
Que eu já vi em Portugal.
Carreirinhas estreitinhas
Caminhos enlameados
Silvados cheios de rosas
A esconder os namorados.
Quando eu era pequenino
Era a festa que eu gostava
Para ver a roda dos cavalinhos
E também a vaca brava.
Uma festa como esta
Não me esquece da memória
Nunca poderá acabar
Faz parte da nossa história.
(retirado de Romance de Amor e Saudade)