sábado, 28 de março de 2009

Soneto #3

Hoje era ontem, se amanhã fosse agora.
Mas como não é nem nunca vai ser,
Lembrar antes o que é bom não esquecer,
É amanhã mesmo que muda a hora.

- Ei, ei: houve mudança ali em cima.
- Eu sei, decassilábico é seca.
- Não, referia-me à banda sueca
Que é acrónimo do esquema de rima.

- ‘tive agora mesmo uma grande ideia:
Forjar o horário prà uma e meia
E ver o que acontece, então, depois.

Ainda provoco é um bug na teia.
Preferi não dizer net. Evitei-a.
Oh, não dá. Ponho o um, muda prò dois.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Sondagens #2

Quem acha que vai vencer o "Encontro Anual Mitochondria Beetween Life and Death"?

Vladimir Skulachev: 25%

Enrique Cadenas: 0%

Empate entre Enrique Cadenas e Fabio di Lisa: 25%

Mauro Esposti: 50%

Vitória tangencial de Vítor Madeira: 50%

quarta-feira, 25 de março de 2009

Em Cartaz #4


segunda-feira, 23 de março de 2009

O Cardoso de Contumil #3 (primeira parte)

Cardoso chega ao Estádio da Luz para assistir ao clássico da temporada. Acomoda-se num dos lugares do terceiro anel.

Fernando Couto acabara de se elevar sobre um jogador encarnado, cabeceando a bola. Cardoso não se contém.
- Aí, Couto… essa gadelha!...
Couto, identificando perfeitamente a voz que o visava, sai do rectângulo de jogo, num salto ultrapassa uma placa publicitária, e, num gesto hoje condenável pelas regras do jogo, agarra-se nas redes de protecção, sacudindo-as enquanto grita:
- Cardoso, Cardoso!

sábado, 21 de março de 2009

Mourinho

José Mourinho, que já era o melhor do mundo a falar português em inglês, tornou-se o melhor do mundo a usar uma conjunção adversativa como reforço de intensidade.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Em Cartaz #3




segunda-feira, 16 de março de 2009

Soneto #2

Existe a rima pobre,
Qu'é mesmo assim que fica:
Este verso acaba em nobre
E esta aqui é rima rica.

O que importa é a classe.
Evidente: gramatical.
Era rica se mudasse,
É pobre se fica igual.

Entretanto inventei mais,
Um tanto ou quanto geniais,
Milionária e Paupérrima.

Numa muda até a língua.
Assim, por exemplo: Bosingwa.
A outra é mesmo paupérrima.

Sondagens #1

Acha que Dreyfus está inocente?

Sim: 83%
Não: 50%

sábado, 14 de março de 2009

Independentes

Vasco Pulido Valente tornou-se no comentador mais bem pago da televisão portuguesa, pelo que tem de suportar; o tom de amena cavaqueira e ligeireza, a inépcia boçal própria das velhinhas que tomam chá, os despropósitos interlocutórios das mensagens insipientemente entendidas; às Sextas na TVI.
Acima disto, não vejo qualquer necessidade de se replicarem espaços para a opinião do mesmo.

sexta-feira, 13 de março de 2009

O Cardoso de Contumil #2

"Já andaste de avião, Cardoso?"
"Já. Neste Verão fui a Paris. De senha marada."

quarta-feira, 11 de março de 2009

Em Cartaz #2


terça-feira, 10 de março de 2009

Só contras

Desde a falta de acerto nos convidados para tratar os diversos temas, passando pela forma às vezes básica e simplista de os colocar, até à moderação dos debates, ao Pró[s e] Contras sobra-lhe o primeiro nome.

No programa de ontem, passou-se o tempo todo a falar da felicidade e empreendedorismo, quando a questão do programa girava em torno de respostas para a crise. E falar disto, agora, é falar de prevenção dos incêndios, enquanto deflagram incêndios. A tarefa, pelo que se viu, inumana e demasiado complexa, para Fátima Campos Ferreira, de orientar e moderar o debate, foi apontada exemplarmente pelo seu próprio convidado, Pedro Lomba, numa das suas clarividentes intervenções, ainda que tarde de mais.

domingo, 8 de março de 2009

O Cardoso de Contumil #1

"O que fizeste nas férias, Cardoso?"

"Oh, 'tive na aldeia, com os meus pais. Estava a apanhar alta seca. Foi então que, à meia-noite, peguei no meu cavalo cor-de-laranja com uma estrela branca na testa. Pus-me em cima dele e andei pelas ruas da aldeia. Toda a gente abriu a janela e gritou: 'Cardoso! Cardoso!' O padre subiu à torre da igreja e, enquanto gritava também, badalava o sino."
"Cardoso, Cardoso, Cardoso."

Piccionário #1

(nota: como se sabe, não são permitidos símbolos)
(outra nota: a seta, sempre que usada, tem o valor indicativo e não simbólico, pelo que a jogada é válida)


Tema: Ditados Populares


O Cardoso de Contumil (quem é?)

O Cardoso é alguém que aos 14 anos já contava histórias de avô.
O Cardoso acredita que quem se ri de uma história que lhe contam é porque está a acreditar nela.
As histórias do Cardoso são do melhor que há em ficção, sendo reais.

Publicar as histórias do Cardoso, na verdade, não faz sentido. Toda a gente conhece o Cardoso.

Forsyth

Frederick Forsyth, que já enquanto jornalista tinha cumprido missões profissionais em África, estava na Guiné-Bissau aquando dos últimos atentados. Encontrava-se lá para retirar elementos para o seu próximo romance. O seu humanismo e sentimento de proximidade em relação ao país que lhe servirá de inspiração para o seu próximo sucesso editorial vieram ao de cima nos comentários aos acontecimentos:

"[to me]... it was a gift, truly"

Fantástico, Fredy. Fantástico.

Soneto #1

Hoje, como de costume,
Acordei co'a M80.
Havia alguém c'um queixume.
Atirem lá a água benta.

Depois veio a Tina e cantou.
Mas não foi a q'eu prefiro.
Gosto mais da Private Dancer ou
Da We Don't Need Another Hero.

O tipo não é bom da tola,
Agora assaltar a caixa de esmola.
Pode ser que o cão o ferre.

O que foi q'este aqui disse?
Mais alguma parvoíce?
Não; está a falar dos G.N.R.

Quique

Para Quique, um pequeno detalhe é concentração. Para mim, é um pleonasmo.

Em Cartaz #1